terça-feira, 22 de abril de 2008

O SALTO EM ALTURA

A TÉCNICA DO SALTO EM ALTURA

A procura de uma técnica de salto em altura ideal é uma questão de estilo biomecanicamente adequado da transposição da fasquia; a corrida de balanço e a impulsão não são, neste caso, importantes. Saltar em altura significa ultrapassar a maior altura possível, neste caso concreto colocar o centro de gravidade do corpo o mais perto da fasquia sem lhe tocar.

Evolução da técnica do salto em altura

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  • 1- Salto de tesoura ( 1,97m 1898 )

  • 2- Salto Cortado ( 1,99.5m 1908 )

  • 3- Rolamento Californiano ( 2,02m 1914 )

  • 4- Variante do Rolamento Californiano ( 2,04m 1933 )

  • 5- Variante do Rolamento Californiano ( 2,07m 1936 )

  • 6- Rolamento Ventral ( 2,07m 1936 )

  • 7- Variante do Rolamento Ventral ( 2,22m 1960 )

  • 8- Variante do Rolamento Ventral ( 2,28m 1963 )

  • 9- Flop ( 2,32m 1976 )

É essencial a todos os atletas saltadores em altura a conciliação dos seguintes factores:

Condição física              e                   Técnica
Força de impulsão                                                          Corrida de balanço
Sentido rítmico                                                               Impulsão
Capacidade de reacção                                                Transposição da fasquia
Flexibilidade e destreza                                                Queda

Para o atleta saltador em altura é importante, primeiro, a força de impulsão e a flexibilidade, bem como a capacidade de aprender uma das técnicas modernas. A força de impulsão ( absoluta ) é, pois, condição prévia para aprendizagem do rolamento ventral e do « Flop », as técnicas do salto em altura mais utilizadas. As descrições que se referem, limitam-se, por isso, a estas duas técnicas, nas quais devem ser empregues os principais aspectos biomecânicos do salto em altura.

A marca do salto em altura é formada pelo resultado de três componentes: A1+A2+A3 = Altura do salto (ver figura 2).

(fig.2)

Durante a fase importante de transposição da fasquia, a posição do centro de gravidade do corpo, é determinada pela técnica escolhida pelo saltador ( ver figura 3 )

(fig.3)

O eixo horizontal, o eixo vertical e o eixo transversal são os três eixos do corpo humano.

Uma flexão na articulação significa maior velocidade angular, ou seja, rotações mais rápidas em volta de um dos eixos do corpo.

Uma extensão na articulação significa um retardamento das rotações.

A energia cinética serve para a obtenção de altura ( impulsão vertical da musculatura da perna ).

A energia da rotação é produzida através de um impulso de rotação da bacia e das extremidades e serve para a transposição da fasquia.

A TÉCNICA DO SALTO « FLOP »

O chamado « Fosbury-Flop » ( ver fotografia 5 ) não se diferencia substancialmente da técnica do « flop » padrão. É caracterizado por quatro fases importantes : a corrida de balanço, a impulsão, o voo e transposição da fasquia e a queda.

(fig.5)

A primeira parte da corrida de balanço ( fase de aceleração ) abrange sete a onze passadas de balanço.

A posição do tronco e uma ligeira inclinação lateral favorecem uma velocidade mais elevada ( até oito metros por segundo nos atletas de alta competição ). Nas últimas três passadas ( preparação da impulsão ) modifica-se a posição do tronco, acentuando-se a inclinação para o centro do círculo ( 20 a 30 graus ); a inclinação para a frente é substítuida por uma clara inclinação para trás ( ver figura 6 ). Assim baixa o centro de gravidade do corpo e é prolongado o percurso de impulsão.

(fig.6) (fig.7)

Na última passada aumenta a inclinação lateral para dentro; o tronco está agora direito ( ver figura 7 ). Aqui é introduzida a velocidade angular necessária para a rotação em volta da fasquia. O saltador que utiliza a técnica do balanço simultâneo dos braços lança-os bem para trás do tronco enquanto que o que utiliza a técnica do balanço alternado mantém a posição dos braços como na corrida. Na impulsão, o pé da perna de impulsão desenrola-se do calcanhar e aponta para a fasquia ( ângulo de salto: 10 a 25 graus ). O pé apoia-se na direcção da corrida, sendo a distância até à fasquia de cerca de um metro. A elevada velocidade da corrida de balanço é fortemente retardada através do apoio da perna de impulsão esticada, favorecendo uma passagem ideal da velocidade horizontal à vertical.

Na fase de amortização que se segue, a perna de impulsão é ligeiramente flectida enquanto que o corpo se endireita. O endireitar da inclinação que se verifica para o interior da curva possibilita um encontro quase central da impulsão com o centro de gravidade do corpo, verificando-se uma das condições prévias mais importantes para um bom rendimento no salto. Para não voar lateralmente sobre a fasquia, (através do endireitar resultou uma rotação em volta do eixo horizontal) o saltador lança a perna de balanço para cima ao mesmo tempo que a afasta da fasquia, ou seja para o centro do círculo. Daqui resulta uma rotação em volta do eixo vertical, levando à típica « posição em ponte » do « flop » ( ver figura 8 ).

(fig.8)

Segundo os mais recentes conhecimentos biomecânicos, a impulsão é o factor mais importante no « flop »; a maioria dos saltos falhados resultam de uma fase de impulsão incorrecta. O conjunto dos movimentos da corrida de balanço e da impulsão constitui, deste modo, um importante ponto principal do exercício no treino do salto em altura.

Depois da impulsão, o saltador movimenta-se para a frente e para cima. Os eixos dos ombros e da bacia rodam para a fasquia, donde resultam rotações em volta dos três eixos do corpo ( ver figura 4 );

1- Rotação em volta do eixo horizontal através do endireitar da inclinação interior da curva

2- Rotação em volta do eixo vertical através da projecção para cima da perna de balanço, afastando-a da fasquia

3- Rotação em volta do eixo transversal através da elevação dos braços

A parte da subida na fase de voo é caracterizada através de uma atitude relativamente passiva e descontraída do corpo . Nos movimentos seguintes para a transposição da fasquia é importante que a bacia não desça. Por esta razão, os centros de gravidade de alguns pontos de apoio têm de ser deslocados: a perna de balanço é descida, enquanto que a perna de impulsão fica suspensa o maior tempo possível e a bacia pressionada para cima. Uma transposição exacta da fasquia, iniciada da cabeça até à perna (vantagem em relação ao rolamento ventral) é facilitada através de mais medidas. Os braços descem e são colocados junto ao tronco enquanto a fasquia é intensivamente observada, a fim de se poderem fazer correcções; a cabeça é trazida para o peito.

Para a queda,as pernas são flectidas na articulação coxo-femural e estendidas na articulação do joelho depois de as nádegas terem transposto a fasquia ( nunca antes ). Para a queda, os braços são estendidos, caindo o saltador na chamada « posição L » ( ver figura 9 ) sobre toda a superfície das costas. A fim de impedir lesões, as articulações dos joelhos permanecem esticadas.

(fig.9)

Salto em Comprimento



Atletismo - Salto em Comprimento

É um salto horizontal cujo objectivo é atingir a maior distância possível entre a chamada e a queda.

Este salto e composto por 4 fases: corrida de balanço, chamada, voo e queda.

Na corrida de balanço deve-se:

· Realizar seis a dez passadas em aceleração progressiva;

· Manter o corpo descontraído e a bacia elevada;

· Olhar dirigido para a frente;

Na chamada (L1):

· Colocar o de chamada na tábua de chamada;

· Manter o tronco na vertical;

· Elevar o joelho contrário ao da chamada e, com a ajuda dos membros;
superiores, prepara-se a fase de voo;

No voo (L2):

· Projectar o corpo bem para cima

· Lançar o membro inferior livre para a frente e para cima até á altura da bacia;

· Rodar os membros superiores em extensão á retaguarda e projectar o corpo para
a frente;

· Puxar os membros superiores em extensão para a frente e iniciar a flexão do
tronco á frente;

Na queda (L3):

Puxar os membros inferiores para a frente com fecho do tronco sobre estes Fazer a recepção sobre os 2 pés, flectindo os membros inferiores; Equilibrar o corpo ou projectá-lo para a


frente